15 julho, 2012

Como abordar a família?

Mãe eu gosto de raparigas!


"A vida é maravilhosa se não se tem medo dela."
Charles Chaplin




Custa estar ao lado da nosso mãe, de quem me trouxe a este mundo e me criou e não lhe conseguir dizer: "Mãe, gosto de raparigas."
É complicado, mas como as coisas aqui estão não sinto que é o momento certo para contar. Quero poder gritar ao mundo quem sou na realidade. 


"Um dos meus grandes problemas neste momento, já com os meus 22 anos (como passa tudo rápido) é assumir-me perante a minha mãe.
Namorei com alguns rapazes, mas nunca me pareceu certo, correcto até, então notei a minha afinidade por raparigas, sinto-me melhor, mais feliz e completa. E há dois anos atrás conheci a minha namorada, no inicio não sabíamos que iria dar em namoro, o que poderia levar a pensar isso? Eu gostava de outra pessoa e ela também, mas ela lutou, e muito para me conquistar e conseguiu. Estamos a caminho dos dois anos de namoro e felizes, temos o nosso cantinho, sofremos várias peripécias, mas estamos juntas e isso que importa.
Mas com a vida encaminhada, a viver já com ela há 1ano, tenho de contar à minha mãe, mas não é fácil. A minha mãe foi criada de uma certa maneira, numa pequena aldeia, onde tudo que é fora do normal é errado. O meu maior medo é perder a minha mãe. Todas as pessoas me dizem, mãe é mãe, não deixa de te amar, mas mesmo assim, e quando eu não puder ir visitá-la nas minhas folgas? Nas minhas férias?
Tenho um grande medo de a perder e isso afecta-me mesmo muito. E quem vai estar lá para ela? Eu sei que enquanto os meus irmãos vão tendo os seus devaneios estou lá, apoio-a, estou com ela cada vez que o trabalho me permite, mas e se eu lhe falhar? Eles vão lá estar?


SílviaG."


Esta é a minha pequena e resumida história... o que faço? A dor de não lhe conseguir contar consome-me.




Até já.
Sílvia

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